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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Resenha do album “O vento sopra do Norte” de Coldman



Coldman - O vento sopra do Norte
Ano: 2010
Género: Hip-Hop Moz
Edição: Independente
Distribuição: Djonkada Produções, A Garragem

Intro:

No início dos anos 90, nasceu na Costa Oeste dos Estados Unidos, mais precisamente em Los Angels, Califórnia, um género de Hip-Hop, que buscava inspiração rítmica nos grandes nomes da música Funk e que veio a ser conhecido por Ghetto Funk, ou simplesmente, G Funk. Muito mais que um género musical, o G Funk, foi um movimento musical com uma aceitação comercial razoável, comparado a outros géneros desenvolvidos na época, que eram considerados demasiado “Underground”. Deste movimento destacaram-se rappers como Dr Dre (também produtor e por muitos considerado o pai do G Funk), Snoop Dogg ou Warren G, que embora abordassem temas ‘aparentemente’ banais como festas, carros, mulheres, álcool, drogas e violência, muito rapidamente se impuseram no cenário Hip-Hop em todos cantos do mundo, incluindo Moçambique, motivando o surgimento de vários grupos de Rap. Foi exactamente por estas alturas que começou o minha paixão desmedida pela cultura Hip-Hop, daí a minha paixão pela música e pelo flow de Coldman (no homo).

Resenha:

O Hip-Hop nacional soma e segue, e desta feita ‘às custas’ do rapper Coldman, que recentemente colocou nas bancas o seu álbum de estreia “O vento sopra do Norte”, cujo o título foi inspirado no filme homónomo - a primeira longa metragem produzida em Moçambique (ou mais ou menos isso).

Em “O vento sopra do Norte”, o rapper de Nampula, que em 2005 ganhou o prémio de melhor colaboração musical (Hip-Hop Time/ Rádio Cidade) juntamente com o Shackal com a música "de Nampula à Maputo", tras-nos de volta o género G Funk, desta vez mais melódico, mais evoluído e mais apaixonante, em 16 faixas clássicas produzidas maioritariamente por DMG.

Liricamente falando, neste CD, Coldman aka O Farol de Nampula finge ser romântico, em “É contigo...”, por sinal o mais bonito e recomendável do álbum (pitas confirmem!) e também cumpre com o seu palpel de rapper consciente nas faixas “As ruas estão criando monstros”, “Proteja-te”, “Quando eu morrer” e “Redenção”. Mas é nas restantes faixas onde nos leva de volta à era G Funk, pois é nestas onde, com o seu ‘flow’ calmo, nua e cruamente, aborda temas característicos deste género de Rap, tais como: o abuso do sexo, o consumo excessivo de álcool e drogas (drogas nem tanto), festas, a arte de ser repista e, claro, um hino à sua terra natal. É no meio destas faixas, também, onde o criativo Coldman trás-nos um novo vocábulo: Djonkada, vocábulo esse que, ao que tudo indica, Cold pretende que substitua ou sirva de alternativa ao termo bebedeira - oxalá pegue!

Para além de DMG, “O vento sopra do Norte”, conta, também, com a produção de Real Vice, Kilograma, El Puto, Mr Dino e 7 Kruzes, e com participações vocais de Real Vice & Odeth, Ice Blackstyle & MZ, Pitchó & Mimãe, 7 Kruzes, Shackal, Tira-Teimas, K-Real, Rage & Sick Brain. Um elenco de luxo que faz deste CD um dos mais (se não o mais) bem concebido disco de Hip-Hop moçambicano de sempre, para ouvir e repetir da abertura ao fecho, e indispensável para todo bom coleccionador de música feita em Moçambique.

Lista de músicas:
1. Abertura (prod por DMG)
2. Triunfei (prod por Real Vice)
3. É contigo... feat. DMG, Real Vice & Odeth (prod por DMG)
4. Djonkada (prod por Kilograma)
5. As ruas estão criando monstros (prod por DMG)
6. Nampula feat. Ice Blackstyle & MZ (prod por DMG)
7. O dia tá fixe feat. Pitchó & Mimãe (prod por DMG)
8. Proteja-te (prod por DMG)
9. Sou 1 repista até morrer (prod por El Puto)
10. Comigo no motel (prod por DMG)
11. Quando eu morrer (prod por Mr Dino)
12. Djonkada (Parte II) (prod por DMG)
13. Modus vivendi modus operandi (prod por DMG)
14. Redenção (prod por DMG)
15. Assalto lírico feat. 7 Kruzes, Shackal, Tira-Teimas, K-Real, Rage & Sick Brain (prod por 7 Kruzes)
16. Fecho (prod por DMG)

Classificação: 7/10
Favorita: “Quando eu morrer” (prod por Mr Dino)

fonte: magus delirio

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