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quinta-feira, 29 de julho de 2010

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Resenha do album “Na linha da frente” da G-Pro



G Pro - Na linha da frente
Ano: 2010
Género: Hip-Hop Moz / RnB
Edição: Independente
Distribuição: G Pro, A Garragem


Intro:

Quando o álbum “Na linha da frente” da Gpro saiu às ruas, em Maio, se a memória não me trai, empreendi todo esforço no sentido de, à semelhança do que fiz com Y-Not, postar em forma de resenha o meu ponto de vista. Mas, quando tudo estava escrito e quase tudo dito, eis que disco duro pifou. Aí chamei meu nigga Balta, barra nessas cenas de Informática, tentamos fazer restart, setup mas não tinha o backup, niggaz perdi o review. E assim tive que começar tudo de zero. E só agora consegui postar.

Sei que isto tudo parece sample da faixa “Disco Duro” de Trezagah mas nada disso, foi o que realmete aconteceu, perder muita informação foi o azar que tive - Imanti Kuran Xarifo!, como diz a minha mana Zuleka.

Resenha:

Depois de em 2003 ter lançado o primeiro album “Um passo em frente”, a Giants Produções ou simplesmente G Pro finalmente está de volta ao mercado com “Na linha da frente”, nas ruas de Maputo e do mundo desde Maio. Neste álbum o grupo do manager Djo que em 2000, ano de sua criação, integrava os rappers Duas Caras e Sem Paus (também produtor) apresenta-se agora com um elenco diferente com os rappers Duas Caras e Trezagah e ainda o cantor e produtor G2.

Com 15 magníficas faixas principais e 3 faixas bónus, “Na linha da frente” é um álbum visivelmente dominado por G2. O cantor, que pelo uso excessivo do vocoder, efeito de voz conhecido entre nós como txuna voz, é também conhecido como a versão moçambicana do norte-americano T-Pain aka O Rapper Que Se Tornou Cantor, para além de se encarregar pela produção do álbum, cantou a maior parte dos temas e fez os coros para os temas de Duas e Trez. Essa estratégia valeu ao grupo o inegável sucesso comercial que o grupo vem tendo desde o lançamento dos singles de avanço “Karaboss” e “Punchline”, que para além de serem fortemente rodados em todos chapas, estações de rádio e televisão, são igualmente os mais usados como tocknices e ringtones nos telefones celulares (se quizer confirmar faça como G2 recomenda: “nigga pergunte a tua shortie qual é o ringtone dela” ). Porém, a mesma estratégia, ou melhor, o novo estilo da G Pro, muito RnB tanto na sonoridade como no conteúdo, deixa um pouco a desejar, principalmente para quem esperava de Duas Caras e Trezagah um hip-hop de linha dura, tipo “De volta a casa” e “Bangalala” ambos produzidos e bem produzidos por Sem Paus (E aí Sem Paus, será que você volta à G Pro?).

A maioria das faixas, dominadas por G2, conforme ficou dito, fala de amor. Aborda-se também a questão das habilidades de cada um, do motivo que os levou o grupo mudar de estilo, enfim, quase tudo aquilo que se espera de um álbum de Rap moderno. O tema mais surpreendente, mais diferente, mais profundo e mais sem adjectivos para qualificá-lo, é sem sombras de dúvida o semi-acústico “Sinais dos tempos” de Duas Caras (com G2 e Mimae), tanto o rapper como o produtor estiveram no seu melhor, é mesmo uma jóia de música, sempre que escuto este tema fico sem sabrer o que fazer (no homo) (Oh Duas, faça mais disto méu, tu podes!)

Este disco conta com participaçãoes internacionais de Valete e Sam The Kid (Portugal) e Mister K (Angola). Quanto às participações nacionais, para além das vozes excepcionais das cantoras Julie e Mimae, a escolha recaiu sobre Kloro, Lay Low, Sem Paus, Suky e Turaz, todos, excepto Sem Paus, rappers da nova escola. Esta selecção deveu-se provavelmente ao impacto comercial que se pretende que o álbum tenha mas, há que diga que Duas e Trez chamaram putos para dar a entender que eles é que são os melhores do Hip-Hop Moz, tese que seria difícil defender se tivessem chamado rappers veteranos (será?).

Bom. Diga-se o que se disser, a verdade é que “Na linha da frente” ficará gravado na história da nossa música como o álbum que levou Hip-Hop Moz à um outro nível de qualidade, podendo concorrer em pé de igualdade com qualquer disco editado por qualquer editora internacional.

Lista de músicas:
1. Intro
2. G Pro – Punchline
3. G Pro – G.P.R.O. (com Valete)
4. Trezagah – Disco duro
5. Duas Caras – SMS (com G2)
6. G2 – Amor e drama
7. Duas Caras – Karaboss (Remix) (com G2, Kloro, Sam The Kid, Mister K, Lay Low, Trezagah, Valete, Sem Paus, Suky)
8. G2 – Mulher ideal
9. Trezagah – Amor sem limites (com G2)
10. G2 – Deixa te levar (com Turaz)
11. Trezagah – Meu estilo (com Julie)
12. G2 – Quero uma friend (com Trezagah)
13. G2 – Mais bass
14. G2 – Especial (com Mimae)
15. Duas Caras – Sinais dos tempos (com G2 e Mimae)
16. G Pro – Africa Remix (Bonus track)
17. Duas Caras – Cara Cara (Bonus track)
18. Duas Caras – Karaboss (Bonus track)

Classificação: 6/10
Favorita: “Sinais dos tempos” - Duas Caras (com G2 e Mimae)

fonte: magus delirio

Resenha do album “O vento sopra do Norte” de Coldman



Coldman - O vento sopra do Norte
Ano: 2010
Género: Hip-Hop Moz
Edição: Independente
Distribuição: Djonkada Produções, A Garragem

Intro:

No início dos anos 90, nasceu na Costa Oeste dos Estados Unidos, mais precisamente em Los Angels, Califórnia, um género de Hip-Hop, que buscava inspiração rítmica nos grandes nomes da música Funk e que veio a ser conhecido por Ghetto Funk, ou simplesmente, G Funk. Muito mais que um género musical, o G Funk, foi um movimento musical com uma aceitação comercial razoável, comparado a outros géneros desenvolvidos na época, que eram considerados demasiado “Underground”. Deste movimento destacaram-se rappers como Dr Dre (também produtor e por muitos considerado o pai do G Funk), Snoop Dogg ou Warren G, que embora abordassem temas ‘aparentemente’ banais como festas, carros, mulheres, álcool, drogas e violência, muito rapidamente se impuseram no cenário Hip-Hop em todos cantos do mundo, incluindo Moçambique, motivando o surgimento de vários grupos de Rap. Foi exactamente por estas alturas que começou o minha paixão desmedida pela cultura Hip-Hop, daí a minha paixão pela música e pelo flow de Coldman (no homo).

Resenha:

O Hip-Hop nacional soma e segue, e desta feita ‘às custas’ do rapper Coldman, que recentemente colocou nas bancas o seu álbum de estreia “O vento sopra do Norte”, cujo o título foi inspirado no filme homónomo - a primeira longa metragem produzida em Moçambique (ou mais ou menos isso).

Em “O vento sopra do Norte”, o rapper de Nampula, que em 2005 ganhou o prémio de melhor colaboração musical (Hip-Hop Time/ Rádio Cidade) juntamente com o Shackal com a música "de Nampula à Maputo", tras-nos de volta o género G Funk, desta vez mais melódico, mais evoluído e mais apaixonante, em 16 faixas clássicas produzidas maioritariamente por DMG.

Liricamente falando, neste CD, Coldman aka O Farol de Nampula finge ser romântico, em “É contigo...”, por sinal o mais bonito e recomendável do álbum (pitas confirmem!) e também cumpre com o seu palpel de rapper consciente nas faixas “As ruas estão criando monstros”, “Proteja-te”, “Quando eu morrer” e “Redenção”. Mas é nas restantes faixas onde nos leva de volta à era G Funk, pois é nestas onde, com o seu ‘flow’ calmo, nua e cruamente, aborda temas característicos deste género de Rap, tais como: o abuso do sexo, o consumo excessivo de álcool e drogas (drogas nem tanto), festas, a arte de ser repista e, claro, um hino à sua terra natal. É no meio destas faixas, também, onde o criativo Coldman trás-nos um novo vocábulo: Djonkada, vocábulo esse que, ao que tudo indica, Cold pretende que substitua ou sirva de alternativa ao termo bebedeira - oxalá pegue!

Para além de DMG, “O vento sopra do Norte”, conta, também, com a produção de Real Vice, Kilograma, El Puto, Mr Dino e 7 Kruzes, e com participações vocais de Real Vice & Odeth, Ice Blackstyle & MZ, Pitchó & Mimãe, 7 Kruzes, Shackal, Tira-Teimas, K-Real, Rage & Sick Brain. Um elenco de luxo que faz deste CD um dos mais (se não o mais) bem concebido disco de Hip-Hop moçambicano de sempre, para ouvir e repetir da abertura ao fecho, e indispensável para todo bom coleccionador de música feita em Moçambique.

Lista de músicas:
1. Abertura (prod por DMG)
2. Triunfei (prod por Real Vice)
3. É contigo... feat. DMG, Real Vice & Odeth (prod por DMG)
4. Djonkada (prod por Kilograma)
5. As ruas estão criando monstros (prod por DMG)
6. Nampula feat. Ice Blackstyle & MZ (prod por DMG)
7. O dia tá fixe feat. Pitchó & Mimãe (prod por DMG)
8. Proteja-te (prod por DMG)
9. Sou 1 repista até morrer (prod por El Puto)
10. Comigo no motel (prod por DMG)
11. Quando eu morrer (prod por Mr Dino)
12. Djonkada (Parte II) (prod por DMG)
13. Modus vivendi modus operandi (prod por DMG)
14. Redenção (prod por DMG)
15. Assalto lírico feat. 7 Kruzes, Shackal, Tira-Teimas, K-Real, Rage & Sick Brain (prod por 7 Kruzes)
16. Fecho (prod por DMG)

Classificação: 7/10
Favorita: “Quando eu morrer” (prod por Mr Dino)

fonte: magus delirio

segunda-feira, 19 de julho de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010